segunda-feira, 6 de junho de 2011

Enfado

Ta tudo tão parado.
Tão quieto.
Tudo no mesmo lugar.
tudo quanto é tipo de nada.
Sem a graça dos contos de fada,
que mamãe costumava contar.
                                                     
Sinceramente eu não me entendo,
essa minha personalidade peculiar.
Esse meu comportamento que é ao mesmo tempo
 rebelde e exemplar.
Esse negócio de detestar o  tédio e a agitação.
Essa coisa..."sem sal nem açúcar",
"nem arroz nem feijão".
                                   
Mas hoje é diferente.
É ainda mais evidente
o vazio em meu olhar.
Observando esse "tal tudo"sem nada pra atrapalhar.
                                                     
Continuo aqui sozinho.
Precisando de um gole de vinho.
Brincando com o pulverizador.
 Não sei se preciso de frio ou se prefiro o calor.
 Só sei que não quero estar na hora
 em que esse meu tédio de agora
 se converter em eterna dor.  

(Rhangel Ribeiro)

Um comentário:

  1. Cara nao sabia que voce escrevia tão bem!!
    Parabens meu velho comece a divulgar suas poesias vc vai longe.
    Abraço de seu Primo Allan.

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