quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Rudá

Deitados em volta da mesma chama,
que a tempestade irá levar,
com suas lagrimas de lama,
sob a lâmpada lunar.

Rodeados por essas rochas, cheias de falhas
e por esse oceano, tão cheio de música;
carne, riacho, palha;
estão os homens dessa terra rústica.

Aqui incertezas desaparecem,
 em queda brusca.

E quem só acha
não busca
algo mais
que só achar.

E quando Rudá sumiu,
parece, o céu caiu;
e tapando feridas com malva,
eles oram por um ombro.

Porque seus sonhos são escombros
e toda criação vem da raiva.

(Rhangel Ribeiro)

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